Controle de Combustíveis: por que a diferença entre entrada e saída não pode ser zero

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Controle de Combustíveis: por que a diferença entre entrada e saída não pode ser zero

No universo da gestão de combustível de frota, muitos gestores ainda acreditam que a diferença entre o volume recebido e o volume abastecido deve ser zero. Porém, em qualquer operação real, esse número simplesmente não existe. Quando um sistema aponta diferença zero, o mais provável é que os dados tenham sido manipulados.

A seguir, compartilhamos uma história real que ilustra perfeitamente por que isso ocorre  e por que soluções como um sistema de controle de combustível, automação de abastecimento e monitoramento preciso são indispensáveis para empresas que buscam confiabilidade e resultados consistentes.

A história: quando o “zero” acende o alerta

Recentemente, fomos acionados por um grande cliente que acreditava ter identificado uma falha grave no nosso sistema de controle de abastecimento de combustível. Segundo ele, havia uma discrepância significativa entre o combustível adquirido e o volume registrado no abastecimento da frota. Para eles, isso indicava erro de medição.

Como precisão é um dos pilares da Korth, viajamos imediatamente até o cliente. Ao chegarmos, ouvimos o relato:

“Concluímos uma obra no Pará que durou dez meses. Ao fechar os números, encontramos quase 8 mil litros de diferença entre as notas fiscais da refinaria e o total abastecido, conforme os apontamentos do sistema.”

Perguntamos então quanto combustível havia sido utilizado no total. Após consultar o ERP, o cliente respondeu:

“Aproximadamente 1,1 milhão de litros.”

Fizemos os cálculos: a diferença representava 0,7% do total, um número absolutamente normal — e até baixo — considerando os erros naturais de qualquer processo de controle de combustível para empresas, especialmente operações sem automação completa.

Explicamos detalhadamente, e o cliente entendeu. Mas ele fez uma observação importante:

“O problema é que esse não é o número que a diretoria esperava. Em outras obras, o número apresentado é ZERO.”

A pergunta seguinte foi inevitável:

– “Essas outras obras possuem automação ou sistema de controle de abastecimento de combustível?”
– “Não.”

Foi aí que a verdade ficou evidente: quando o número encontrado é ZERO, ele é falso.

Por que ZERO é o pior número no controle de combustíveis

Em qualquer operação, mesmo com um sistema de controle de combustível moderno e calibrado, haverá pequenas variações causadas por:

  • temperatura,
  • medição de nível,
  • desgaste de medidores,
  • arredondamentos de encerrantes,
  • variações físicas do óleo diesel.

Por isso, ZERO significa apenas uma coisa: os números foram ajustados manualmente.

A seguir, explicamos os principais fatores que tornam isso inevitável.

ERRO 1 – Variação por temperatura

O Diesel se expande e contrai conforme a temperatura. A cada 1°C de variação, há cerca de 1 litro de diferença para cada 1.000 litros. É por isso que as notas fiscais registram o volume corrigido a 20°C.

Tanques subterrâneos sofrem essa variação lentamente; tanques aéreos, muito mais rápido. Qualquer sistema de controle de combustível precisa considerar esse comportamento natural.

ERRO 2 – Medição de nível

A medição de nível é uma das etapas que mais geram imprecisão, especialmente em operações sem automação.

Influenciam os resultados:

  • temperatura,
  • água e sedimentos,
  • imperfeições geométricas dos tanques,
  • imprecisão das réguas de medição.

Tudo isso afeta diretamente o controle de abastecimento de frota e o acompanhamento do estoque real de combustível.

ERRO 3 – Medidores e desgaste

Os medidores usados no abastecimento — pistão, disco nutante, engrenagens ovais, turbinas, ultrassônicos etc. — apresentam em média 0,2% de erro, mesmo quando novos e calibrados.

Se o processo inclui vários pontos de transferência, cada medidor adiciona seu erro individual.

Exemplo típico:

  • tanque aéreo com medidor
  • caminhão de distribuição (teta) com medidor
  • comboio com medidor
  • tanque móvel com medidor

O erro acumulado pode facilmente superar 0,8%, mesmo com equipamentos dentro do padrão.

Automação com um sistema de controle de abastecimento de combustível reduz, mas não elimina totalmente, essa margem.

ERRO 4 – Encerrante e meio dígito

A maior parte dos medidores possui resolução mínima de 0,1 litro. Isso significa que cada abastecimento contém um pequeno arredondamento.

Esses arredondamentos são somados no encerrante do medidor, aumentando inevitavelmente a diferença final. Por isso, após milhares de litros abastecidos, não existe a possibilidade real de que o resultado seja ZERO.

Se o valor é zero, há manipulação.

O que isso significa para a gestão de combustíveis da sua empresa

Erros inferiores a 1% indicam um processo saudável e controlado. A própria ANP e o Fisco consideram 0,6% aceitável para postos de combustível — ambientes muito mais controlados do que obras e operações remotas.

Se sua empresa busca precisão, rastreabilidade e transparência, precisa contar com:

  • sistema de controle de combustível,
  • controle de abastecimento de combustível com automação,
  • controle de horímetro e hodômetro,
  • controle de frota de veículos centralizado,
  • gestão de combustível da frota baseada em dados reais.

Essas ferramentas eliminam inconsistências, reduzem perdas e aumentam a eficiência operacional.

Conclusão: ZERO não é controle — é ilusão

Seja qual for o resultado da sua medição, lembre-se:

Diferença ZERO é impossível.
Diferença ZERO é perigosa.
Diferença ZERO significa que alguém está “fazendo os números baterem”.

Para um controle real, confiável e auditável, sua empresa precisa investir em sistema de controle de combustível e automação completa do processo de abastecimento.

Quer eliminar fraudes, reduzir perdas e alcançar precisão real?
A Korth pode ajudar.

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